O que acontece a um corpo desidratado durante o treino?

10-02-2022

Há, contudo, casos mais graves em que a falta de água resulta em mais do que um pequeno desconforto. Afecta o funcionamento do coração e outros órgãos, e prejudica o treino em si. A solução continua a ser a mesma: se tem sede, beba água e nunca deixe o corpo sofrer com desidratação extrema, um problema que acontece principalmente em atletas que treinam diariamente e sempre com bastante esforço.

Os primeiros resultados de um corpo pouco hidratado são difíceis de identificar, mas fazem diferença em atletas que dependem de um ou dois segundos para ganhar ou não uma corrida, por exemplo. E se a falta de água é injustificável a qualquer ser humano, em casos destes é mesmo descabido.

Confira quatro causas que podem resultar da falta de água durante o treino:

Sem água, as células não produzem energia

Trifosfato de adenosina (ATP) é o comporto químico responsável por criar energia celular. Tem origem em nutrientes e hidratos de carbono, que são transformados neste composto sempre que o corpo é posto em movimento.

Nos treinos, como o ritmo do corpo é maior, o corpo carece de mais energia que é criada "no momento", já que o ser humano tem uma reserva muito pequena de ATP. O problema está no facto de, para ser gerada energia, os químicos precisam de água. Está a ver onde está o problema?

Com a falta de água, o coração precisa de maior esforço

A quantidade de sangue é a mesma, mas num corpo desidratado, o sangue fica menos fluido, precisando de maior esforço para chegar a todo o corpo.

A regulação da temperatura corporal é prejudicada pela desidratação

Parece óbvio, mas vejamos como funciona: quando praticamos exercício físico, a pele transpira para diminuir a temperatura corporal, para tal, precisa de água. os músculos precisam de sangue para transportar oxigénio e nutrientes e o coração precisa de manter a actividade cardíaca ao nível do exercício físico. Vejamos o corpo como uma máquina: se uma parte não funciona bem, tudo o resto é prejudicado.

Quanto mais quente for o ambiente em que se treina, e mais intenso for o exercício praticado, maior a necessidade de transpirar e maior a carência de água.

A desidratação pode prejudicar em muito certos órgãos

desidratação extrema em ambiente de treino pode gerar riscos nos rins, por exemplo. Felizmente, beber água sempre que sentir sede é, na maioria dos caso, suficiente para evitar este grave problema que é externo ao exercício físico em si.

Em situações comuns, todos estes problemas se evitam facilmente. Muitas vezes fazer da hidratação uma rotina é apenas uma questão de hábito: habituamo-nos a beber, mesmo sem sede e a garantir sempre uma garrafa de água à mão e o problema estará resolvido.

Não é necessário medir a quantidade de água nem a hora a que se bebe. Garantir um mínimo de 1,5L de água por dia e beber sempre que se tem sede, é o suficiente para uma boa performance de treino.

Nos treinos mais longos aconselha-se bebidas eletrolíticas para repor os sais perdidos.

Alguns sintomas da desidratação durante o treino:

  • Cansaço e sede extrema;
  • Aumento da FC;
  • Tonturas e desmaios;
  • Cãibras;
  • Pele e lábios secos; 
  • Alteração na cor da urina (cor intensa);
  • Raciocínio lento.

Fonte: www.ativo.com