Ômega-3 na recuperação após os exercícios

29-04-2021

Desde crianças ouvimos falar que o consumo de peixe é muito importante para a saúde. Hoje, sabemos que os principais responsáveis por esses benefícios são os ácidos graxos chamados ômega-3 (ALA - ácido alfa-linolênico; EPA - ácido eicosapentaenóico; DHA - ácido docosahexaenóico). 

Os benefícios são tantos que a suplementação com esses óleos tem sido cada vez mais estudada, e hoje muito já se fala de sua importância para ajudar na melhora da performance física em decorrência de seus efeitos anti-inflamatórios e de redução da ativação dos receptores neurais de dor.

O Ômega 3 é encontrado na alimentação, principalmente nos peixes, mas também pode ser consumido em cápsulas ou no formato de óleo de peixe.

Numa pesquisa coordenada pela Dra. Trisha Vandusseldorp, pesquisadores de diversas universidades Norte Americanas avaliaram três diferentes dosagens de óleo de peixe, com o objetivo de definir qual seria melhor para otimizar a performance. No estudo, 32 jovens de ambos os sexos foram divididos em quatro grupos:

  1. Placebo;
  2. 2 g/dia (2G) de óleo de peixe, cada grama contendo 400 mg de EPA e 300 mg de DHA;
  3. 4 g/dia (4G) de óleo de peixe, cada grama contendo 400 mg de EPA e 300 mg de DHA;
  4. 6 g/dia (6G) de óleo de peixe, cada grama contendo 400 mg de EPA e 300 mg de DHA.

Após sete semanas de suplementação, os voluntários foram submetidos a uma série rigorosa de exercícios excêntricos. As variáveis foram avaliadas pré-exercícios, imediatamente após os exercícios, e uma hora, duas horas, quatro horas, 24 horas e 48 horas após o exercício excêntrico. Essas variáveis foram:

  • Impulsão vertical;
  • Força de extensão de joelho;
  • Sprint de 40 jardas;
  • Teste T de agilidade;
  • Percepção subjetiva de dor.

Resultados:

A partir dos resultados do estudo, os autores sugerem que indivíduos submetidos a exercícios intensos e/ou não habituais devem considerar a suplementação com uma dose mais alta (6 gramas) de Omega-3 (totalizando 2400 mg/dia EPA e 1800 mg/dia DHA) a fim de potencializar a recuperação da performance e atenuar a dor muscular pós-exercício.

Nos dias atuais em que estamos gradativamente voltando à prática desportiva, depois de um longo período de confinamento, pensar em estratégias de recuperação torna-se de fundamental importância, uma vez que o volume e a intensidade dos exercícios que fazíamos rotineiramente pré-pandemia exigem, hoje, um grau de esforço muito maior do nosso corpo. Portanto, recuperá-lo adequadamente é imprescindível para prevenirmos lesões, reconquistar e superar nosso condicionamento físico pré-pandemia.

Referência: International Society of Sports Nutrition - Brasil.